Sofrido é o mínimo para se dizer do filme top 1 da Netflix no momento.
“No meio da noite, uma van contendo prisioneiros é assaltada. O motorista (Javier Gutiérrez) precisará se defender dos detentos e dos que o ameaçam do lado de fora se quiser sair dessa vivo.“
O streaming tem aberto as portas para vivenciarmos mais de perto o cinema que, comumente, não chega ao Brasil. Apesar de estar no top 10 do Brasil e a crítica em geral estar amando o filme, ele está sendo considerado pelos assinantes da Netflix como O PIOR CONTEÚDO já postado na locadora vermelha, eu não consigo concordar mais com essa afirmação.
O filme é um suspense misturado com thriller, nos mostrando um grupo de prisioneiros quase inofensivos, com exceção de um assassino perigoso. Isso em tese daria uma sensação de claustrofobia mas na realidade o filme é uma bagunça. Sem se decidir entre um filme de suspense e um filme de terror ele dá boas pistas de que vai enveredar por um caminho sombrio mas acaba sendo totalmente esquecível.
Querendo não se entregar o tempo todo para parecer algo a mais que não é, o filme acaba indo totalmente para um lado de filmes anos 70/80: Uma pessoa matando as outras quando perde alguém. Não darei spoiler, porém o “vilão” do filme é literalmente qualquer personagem de filme de ação genérico tentando justificar sua maldade através de atos cruéis. E eles COLOCAM ISSO NO FILME. Sim, em pleno 2021 estamos vendo produções que não são voltadas para serem ridículas (como John Wick que claramente tem uma glamourização de armas porém é um universo fantástico bizarro sobre humano) tentando fazer você simpatizar com um assassino por uma equivalência esdrúxula.
Fora o desenvolvimento do roteiro dos outros personagens: Sempre tudo te leva a crer que possa existir algo mais… Nos primeiros 25 minutos, pois a partir disso o filme te fala exatamente o único personagem que importa e ao longo do filme as histórias que são contadas vão sendo descartadas ao acaso e as vezes lembrando o filme “Premonição”.
As atuações são mistas: Enquanto temos um ótimo trabalho dos ator Luis Callejo que faz o presidiário falastrão Ramis os outros atores não parecem estar lá a não ser para pagar as contas. As novelas bíblicas da Record meus perdões pelas críticas tecidas aos egípcios com sotaque carioca.
O filme é genérico e fácil de digerir porém é raso como um pires, por isso as notas tão conflitantes entre críticos e audiência, pode se sentir a vontade para ver, minhas opiniões são só minhas, mas acho que tem algo melhor para se fazer em uma hora e meia: Eu aconselho fazer um bolo de chocolate.
Dirigido por Lluis Quílez (Out Of The Dark) e com o elenco contando com Javier Guitierrez (A Casa), Karra Elejalde (While at War), Florin Opritescu (Vikings) entre outros o filme estrou no dia 29 de Janeiro de 2021 e está disponível na Netflix.
NOTA: 1.5/5